quinta-feira, 21 de abril de 2016

“Não temos árabes. Também não temos judeus. Temos seres humanos”

“Não temos árabes. Também não temos judeus. Temos seres humanos”
A frase é do dono de um restaurante em Jerusalém, que lançou uma promoção bastante inusitada. Leia e saiba qual é
publicado em 03/11/2015 às 00:06.

Por Jeane Vidal / Foto: Reprodução facebook


 


Não é de hoje que judeus e palestinos vivem em conflito. Desde que foi criado o Estado de Israel, em 1948, a tensão entre os dois povos só aumenta, isso porque os árabes nunca aceitaram a divisão do território palestino e a ocupação pelos judeus.

E somada a essa tensão real, ainda há uma que é fomentada diariamente pela mídia de um modo geral, que acaba por colocar judeus e árabes num mesmo “pacote”, como se todos, sem exceção, partilhassem desse ódio.

Mas para o israelense Kobi Tzafrir, dono de um restaurante em Jerusalém, não é bem assim.

E para provar, ele resolveu criar uma promoção que dá 50% de desconto para judeus e árabes que aceitarem compartilhar a mesa. Na promoção, divulgada na página do restaurante no Facebook, ele diz: “Com medo de árabes? Com medo de judeus? Nós não temos árabes. Também não temos judeus. Temos seres humanos."

O intuito é mostrar que nem todos os judeus e árabes apoiam esse conflito, ao contrário, torcem para que a paz seja estabelecida e, dentro do alcance deles, procuram promover união e harmonia entre os dois povos. É tanto que a promoção se tornou um sucesso.

O que Deus abomina

A atitude desse israelense nos dá uma lição de como agir em meio a discussões e contendas. Em vez de fomentá-las, dissipá-las; em vez de comprar a briga, apaziguá-la; não nos deixando influenciar pelas circunstâncias, comentários ou aparências, pois, numa história, a razão sempre dependerá do ponto de vista.

Imagine se o dono do restaurante, ao invés de tentar promover a paz com essa iniciativa, resolvesse promover o ódio, que já é tão latente, colocando uma placa na porta de seu restaurante proibindo a entrada de árabes, por exemplo? Qual seria o resultado disso? Mais ódio, mais preconceito, mais hostilidade, mais mortes e mais guerra.

No livro de Provérbios, capítulo 6, do versículo 16 ao 19, o salmista Davi adverte: “Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos”.

Deus não só reprova, mas abomina quem semeia contendas entre irmãos; e o termo irmão aqui não trata de irmãos de sangue, mas do próximo.

Na epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo aconselha:

“Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.” Romanos 12.18

Foi exatamente o que esse rapaz fez. Talvez a atitude dele não tenha grandes proporções, mas, sem dúvida, é de um enorme significado, tendo em vista o contexto histórico em que está inserida. Mesmo correndo o risco de ser criticado, ele escolheu não só fazer a diferença, mas, sobretudo, ser diferente.

Fazer a diferença qualquer um pode fazer em determinado momento da vida, mas ser diferente é algo permanente, e são poucos, muito poucos, que têm a coragem necessária para isso.






"Os Dez Mandamentos - O filme" na Fundação Casa
Longa foi exibido para 189 jovens e familiares



publicado em 18/03/2016 às 13:00.
Por Eduardo Prestes / Fotos: Marcelo Alves





O longa "Os Dez Mandamentos - O Filme" já ultrapassou a marca de 8,3 milhões de espectadores. Mas, além dos recordes, a superprodução da Paris Filmes também chega a quem está privado da liberdade.


No último dia 15 de março, o filme foi exibido dentro da Fundação Casa, na unidade Topázio, no bairro do Brás, na capital paulista, para 189 jovens, de 13 a 17 anos, que aguardam audiência para saber se terão que cumprir medidas socioeducativas ou se ganham a liberdade. “A exibição dentro da Fundação Casa é um fato inédito. Pela primeira vez um filme que está em cartaz nos cinemas foi exibido aqui. Os jovens estavam ansiosos para assistir”, afirma o coordenador pedagógico da unidade, Anderson Rodrigues da Silva, de 32 anos.


De acordo com a diretora da unidade, Rosângela Lima Marinelli, de 44 anos, o evento foi firmado depois que voluntários da Universal fizeram a proposta de apresentação do filme. “Achamos importante passar ‘Os Dez Mandamentos’ para os meninos, pois ele retrata isso, pessoas que estão privadas da liberdade. É uma oportunidade para que os jovens façam uma reflexão para as suas vidas”, disse.



Além dos internos, alguns pais puderam acompanhar a exibição. Para um deles, o comerciante José Bonifácio da Silva, de 42 anos (assim como para alguns dos jovens), foi a primeira vez que assistiu a uma sessão de cinema. “Foi importante para passar um tempo ao lado do meu filho, que está aqui há 20 dias. Eu gostei muito do filme e acho que ele também gostou”, disse. Para Alberto (nome fictício do filho), de 15 anos, o longa passa uma mensagem fundamental: “A importância da verdade para ser livre. Assistir a um filme também é diferente do que a gente faz aqui, da aula, do futebol”, comentou.


Segundo o responsável pelo trabalho social da Universal dentro da Fundação Casa, Geraldo Vilhena, de 64 anos, a ideia era dar aos meninos tudo o que um cinema de verdade reserva. “A realização do evento só foi possível por meio da ajuda de diversos parceiros que colocaram à disposição os equipamentos como o telão, as caixas acústicas, o projetor, os carrinhos de pipoca, refrigerantes e também dos voluntários que trabalharam. A ideia é fazer outros eventos desse tipo.”


O portal de notícias da Fundação Casa publicou matéria destacando o evento.

Um comentário:

  1. Uma benção! Graças a Deus pelo filme Os Dez Mandamentos exibido dentro da Fundação Casa.

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